31 de maio de 2012

Uma história que é a nossa.


Eles nunca iriam dar, pelo menos do ponto de vista dele. Para ele, ela não sabia como lidar com ele e por isso seria complicado terem um relacionamento. Ela sabia lidar com ele, não em todas as situações, mas em algumas. Para ela, quando ele dizia que não a queria magoar e por isso não iam namorar, ele queria dizer «não me quero magoar». Ela sempre acreditou que conseguiriam ter algo, ele muito pelo contrário. Tinham uma amizade colorida, eram aqueles amigos estranhos mas que se sentem bem um com o outro e por isso deixam correr.
Ela amava-o e ele apenas gostava dela. Talvez fosse esse o grande problema deles, o de gostarem um do outro mas com intensidades diferentes, «em frequências opostas» como dizia a Susi, amiga dela. Existia também outro problema o de ele não saber o que queria pois um dia queria ser o amigo colorido dela e noutro queria ser apenas amigo. Uma situação que a deixava de rastos embora ela se quisesse mentalizar de que estava bem.
Para ela, ele só a queria comer e, para ele, ela não estava a ser comida por ele. Custou-lhe a mentalizar-se de que talvez fosse apenas mais uma para ele e, sinceramente, ainda não mentalizou. Quer dizer, ela sabe mas pensa em tudo o que se passou e não consegue acreditar que o é. Que inocente.
Hoje está de rastos, deprimida, triste. Ele voltou a querer ser apenas um amigo dela. Coisa impossível. Ela ama-o. Provavelmente não serão amigos porque ele se irá cansar de aturar as secas dela, as bocas, a frieza, tudo isso misturado com as mentiras de «estou mavilhosamente bem» ou coisas do gênero. Sim, porque ela pode estar pessimamente mal que mesmo assim diz que está bem e ri-se nem que seja forçadamente, aprendeu com ele.
Ela ama-o e ele apenas gosta dela. Ela quer um relacionamento e ele não. Ele acha que podem ser amigos...

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